Sim, tem vezes que tudo isso que me faz sorrir me irrita de tal forma
que me afasto na esperança que o nó na garganta se desfaça. Toda vez é
assim. Sempre que chego mais perto tropeço no não conseguir enxergar
dentro de você. O pouco que vejo – se esticar bem o pescoço – é você
caminhando em sentido contrário, mas parando sempre pra olhar pra trás
como se esperasse alguém. E eu (inevitavelmente) sempre ali, logo atrás,
cuidando de você sem que sequer perceba. Sabe... não tenho a pretensão
de tomar o lugar de quem tanto espera, mas posso segurar uma mão
enquanto a outra continua a aguardar, só pra não te deixar esperar só.
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