segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Leste inventado... e abandonado [ Série "Títulos" ]


Foi como se o tempo tivesse parado. Não me recordo da expressão que fiz, nem sobre o que era a conversa. Naquele exato minuto eu parei e a última lembrança que tenho é do seu rosto. Parece que algum tipo de descontrole imperou em mim desde então. Eu tinha esquecido quão estranho é essa sensação. É um estado completamente... vulnerável. Como se eu estivesse sempre nu quando estou na sua presença. Mesmo que a vontade seja outra, tudo não passa de pensamentos, sentimentos e palavras guardadas, não ditas.
Não acho que devemos sempre seguir a lógica. Nunca gostei, mas hoje parece que me falta... um rótulo, alguém me empresta? Eu já não sei mais quem eu sou e confesso, às vezes cansa ser a ovelha negra, indo quase sempre contra tudo e todos. Mas ir contra você mesmo também não é aconselhável, não acha? Você nem está prestando atenção na conversa, não é? Tudo bem... eu só estava dando voltas enquanto a coragem não aparecia. Na verdade nunca tinha te visto dessa forma, mas naquele dia, naquele minuto em que parei no seu rosto eu... não sei definir o que exatamente eu senti... Era quase um pouco de tudo. Não, não precisa falar nada nem ficar assim, mas eu preciso falar. São apenas desabafos de uma insana e perturbadora ressaca emocional. Nada mais que um amontoado de letras, meros segredos.
Tenho que te confessar. Não durmo (direito) faz alguns dias, ou meses, não sei ao certo. Só vejo, de longe, a cama com os lençóis esticados... exatamente do jeito que você deixou. Deixando também um tanto de você, um tanto de você em mim. E pensar que... Só você... O escolhido foi você! Apenas um Intento: cumplicidade. Foram horas que mais pareceram 30 minutos de quase amor. Confidências, brincadeiras e... a “sua mina”, lembra? Não consigo esquecer a sua expressão ao filosofar sobre ela. O “1 + 1 = 2 [resultado positivo]”. Sem esquecer o nosso Leste inventado. Dos nossos devaneios o meu preferido. Coisas nossas, que só a gente entende. Que foram nossas... Ao menos até então. Estória que hoje vai de mal a pior por algumas linhas a mais. Até hoje não sei qual foi a (in)certeza que te fez partir.  Pra mim foi tão instantâneo e contaminável que não via outra coisa pra nós além de felicidade. E só(s). Eu não precisava de mais nada. Seria pleno! Seu beijo era minha anestesia particular. Não consigo ir dormir sem ele. Meu amor, Não me deixe sem! Sem você... sem nós.
Os tais medos que tanto falam não nos servem pra nada. Os acontecimentos não vão deixar de existir só porque você tem medo. Eu não os tinha... até minha mina desmoronar em cima de mim.

Criado carinhosamente a partir dos títulos de Thiago Falat
http://oinsopitavel.blogspot.com

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