Eu entrei. Não me pergunte como, por onde, quando. Achei que nunca
mais entraria, mas quando olhei pra trás já não enxergava a saída. Já
não tenho mais como voltar, sei disso, mesmo que muitas vezes eu tente.
Não posso negar que há opções e que tenho uma vaga noção de onde vão
dar. Ou não. É tão mais fácil ficar onde estou. Sentar e esperar passar,
por mais que incomode, que doa. Uma hora passa, tem que passar! Mas
também posso continuar e... e arriscar achar o caminho certo. Mas,
afinal, qual é o tão famoso caminho certo?
Eu, sinceramente,
não me vejo encontrando a saída que eu gostaria. Talvez só em meus
sonhos e devaneios em momentos em que o pensamento acha uma brecha pra
te buscar em meio aos problemas e rotina. Ou quando toca a música.... a
melodia que me traz você como uma brisa doce... e que se torna um tanto
quanto amarga no refrão.
Ah! Vamos cair na real, não tenho mais
idade pra isso! Não posso mais me comportar como uma adolescente
inconsequente que espera o chamado do príncipe pra pular da torre direto
no seu cavalo branco e cavalgar pelos bosques... ah não! Vamos fechar o
livro de conto de fadas e voltar à realidade. Nunca vai acontecer! É
tão óbvio! Vou continuar assim, sem a coragem e... sem você. Só me dê
uma informação... Onde fica a saída mesmo??
...
Mentira! A
última coisa que quero encontrar é a saída. Vem cá... me dá sua mão.
Vamos fazer um belo passeio por esse labirinto, vai. Só hoje. E que
venham muitos "hoje".
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