E vem... Vem de mansinho te tirar novamente a estabilidade –
se é que possui alguma. Eu odeio cigarro, mas parece tão bonito quando vejo, em
câmera lenta, sua serenidade em meio a fumaça. É uma calma no sorriso que relaxa. Uma
firmeza nas palavras que absorve minha atenção totalmente. Viajo nos seus
discursos como quem ouve uma bela música tentando decorá-la. Palavras soltas,
sem (conseguir) pensar, esbarrando no seu olhar que me atravessa, me tirando o
pouco de ar que ainda restava nos pulmões. De longe observo todos os seus
gestos, imaginando como seria o movimento dos seus lábios quando beija com intensidade.
Como fica seu corpo quando colado em outro contra a parede. Como é... Não! Não
vai embora ainda! Você sempre fica tão pouco. Posso não ter tanto a dizer como
você, mas sei ouvir como ninguém. Já coloco minha mente a mil procurando uma
desculpa para te encontrar novamente. Ansiedade sufocante me acompanhará até
lá. Haja unhas inteiras, chocolates e atividades a fazer. Os outros eventos do
dia que me perdoem, mas não posso não estar lá.
Chegou o dia, enfim! A sua beleza pode ser vista da esquina. Mas se me dá licença, prefiro ver de pertinho. Não por nada, mas uso óculos, sabe. Verdade! Conversas bobas na cozinha, risadas e um silêncio. Você se estica com dificuldade para pegar os copos do armário que estão logo atrás de mim, o que te traz tão perto que me faz esquecer até o que falava. “Quer que eu pegue os copos?” – indaguei sem piscar os olhos que permaneciam nos seus.
– “Só se a minha proximidade estiver te deixando incomodada.”
– “'Incômodo' definitivamente está longe de ser a palavra certa”.
E foi ali que senti a sua boca intensamente alucinógena, sem nem pensar nas consequências que estavam na sala ao lado. Faria de novo e de novo. E fizemos. Várias vezes no abraço da noite, nos cantos, nas brechas que tínhamos e com o cuidado que era preciso ter. Cuidamos tanto de nós que o que já era grande se tornou ainda maior. Mais abraços, mais carinho, mais desejo, mais amor. Laço inquebrável. Não precisamos anunciar nosso amor nem temos a necessidade de mostrar nossa felicidade. Vivê-lo em segredo não diminui sua intensidade.
A paz de tudo que pensava e sentia ser confirmado, firmado. Os dias passando entre seus cabelos sem me preocupar com o calendário. Boa noite, meu bem. Dormirei logo, ansiosa, pois amanhã tem mais de você!
Chegou o dia, enfim! A sua beleza pode ser vista da esquina. Mas se me dá licença, prefiro ver de pertinho. Não por nada, mas uso óculos, sabe. Verdade! Conversas bobas na cozinha, risadas e um silêncio. Você se estica com dificuldade para pegar os copos do armário que estão logo atrás de mim, o que te traz tão perto que me faz esquecer até o que falava. “Quer que eu pegue os copos?” – indaguei sem piscar os olhos que permaneciam nos seus.
– “Só se a minha proximidade estiver te deixando incomodada.”
– “'Incômodo' definitivamente está longe de ser a palavra certa”.
E foi ali que senti a sua boca intensamente alucinógena, sem nem pensar nas consequências que estavam na sala ao lado. Faria de novo e de novo. E fizemos. Várias vezes no abraço da noite, nos cantos, nas brechas que tínhamos e com o cuidado que era preciso ter. Cuidamos tanto de nós que o que já era grande se tornou ainda maior. Mais abraços, mais carinho, mais desejo, mais amor. Laço inquebrável. Não precisamos anunciar nosso amor nem temos a necessidade de mostrar nossa felicidade. Vivê-lo em segredo não diminui sua intensidade.
A paz de tudo que pensava e sentia ser confirmado, firmado. Os dias passando entre seus cabelos sem me preocupar com o calendário. Boa noite, meu bem. Dormirei logo, ansiosa, pois amanhã tem mais de você!