sábado, 2 de maio de 2020

.Game . Over.


Sempre tem aquela fase que você não consegue passar, por mais pontos que faça. O vilão é sempre invencível, até que você o vença. Será que somos tão vítimas das situações como contamos? Já parou pra pensar que se não tivesse dado aquele passo nada disso teria acontecido? Se, simplesmente, apagasse aquele dia? Talvez, tudo comece a ficar com o peso igual, ou pelo menos um certo equilíbrio entre os erros e os acertos. Sim, tiveram acertos, todas as vezes que houve verdade, sinceridade, preocupação com o outro, não só com si. Eu acredito naquela história que ninguém conhece alguém por acaso, assim como quando se reencontram. 
Mas o que você fez nesse intervalo? Quem se tornou? Não quem é de fato, mas essa pessoa que aparece na vitrine, que você molda conforme lhe convém. Não sei se é isso mesmo que quer ser, mas sei que não é o que eu quero pra mim. Ou está mentindo pra mim ou pra você mesma. E tudo bem, essa onda já passou, chega a ser mágico como o mar que desmancha a escultura de areia. E isso alivia a alma. Não sou ninguém pra dizer o que é certo ou errado, apenas não quero. O tempo está passando e preciso ir. Sinto, nesse momento, uma paz na qual me envolvo daqui pra frente. Ciclo finalizado, como deveria ter sido há muito tempo. Só vejo coisas boas pra todos nessa história, e, quem sabe, um reencontro futuro em um shopping, no teatro ou no parquinho onde nossos filhos se conheçam e brinquem juntos. Ou num parque onde vamos beber e rir disso tudo. Rir, é isso que desejo pra nós.
Sorrindo, aceno, viro-me e vou embora mais madura, com a tranquilidade de não ter sido eu que não teve coragem de ser feliz.

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